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22 de abril de 2024
Parece estranho ouvir falar que existe café sem cafeína, não é verdade? Mas, acredite, essa variedade de bebida tem se tornado bem popular entre aqueles apaixonados por café. Inclusive, ela pode oferecer inúmeros benefícios para a saúde de quem a consome.
É por isso que no artigo de hoje, resolvemos mergulhar nesse mundo novo e te contar tudo sobre o café descafeinado! Spoiler: ele é a escolha ideal para quem deseja dormir bem, reduzir o estresse e melhorar a concentração.
Os primeiros registros dessa história se deram em 1820, quando o químico alemão Friedlieb Ferdinand Runge isolou a cafeína dos grãos de café pela primeira vez. No entanto, foi só em 1903 que surgiu o primeiro método comercial de descafeinação, desenvolvido pelo comerciante de café (também alemão) Ludwig Roselius.
E detalhe, conta-se que tudo foi descoberto de maneira acidental: uma carga de café verde que estava em trânsito foi inundada pela água do mar, e Ludwig que era um especialista em café percebeu que aqueles grãos estavam com um sabor diferente.
Foi então que ele decidiu repetir o feito, mas dessa vez cozinhou os grãos verdes nos mais variados tipos de ácidos, e descobriu que o clorofórmio era um solvente eficaz para extrair a cafeína dos grãos de café. Três anos após a descoberta ele patenteou a técnica.
Porém, como você pode imaginar, apesar de funcional, esse método de extração era extremamente perigoso, já que o clorofórmio é uma substância cancerígena.
É por isso que, em 1930, foram desenvolvidos métodos mais seguros de descafeinação usando água ou dióxido de carbono supercrítico. Esses métodos são usados até hoje e permitem a produção de café descafeinado com sabor e aroma semelhantes ao café regular.
Mas sobre isso nós falaremos no próximo tópico. Porém, antes de avançarmos, é importante pontuar que o processo de descafeinização acontece ainda com os grãos verdes, ok? Depois que eles são torrados, não dá mais para realizar esse processo.
Como falamos anteriormente, desde 1930, o método com solventes químicos não é mais usual, já que no mesmo utilizava-se ácidos que são nocivos à saúde. Desde então, os três métodos utilizados são:
Lembra da carga que foi inundada lá no começo da história? Então nada mais justo do que repetir o feito com ela.
Mas, diferente da água do mar, aqui nesse método os grãos são mergulhados em água quente, que dissolve a cafeína e outros compostos solúveis do grão. Essa água então é passada por um filtro que retém a cafeína (geralmente carvão ativado), e os grãos são lavados para remover qualquer resíduo do processo.
Apesar de ser um método simples e barato, a descafeinização com água pode apresentar menor eficácia, além de remover sabor e aroma.
Neste método, o CO2 em seu estado supercrítico (entre o líquido e o gasoso), é passado pelos grãos de café limpo em um tanque ou uma coluna de percolação.
Ao entrar em contato com o café sob alta pressão e temperatura, o CO2 supercrítico atua como um solvente dissolvendo a cafeína. Porém, outros compostos importantes do café, como óleos e aromas são preservados.
Após isso, o CO2 contendo a cafeína é separado dos grãos de café por descompressão (a pressão do CO2 é reduzida, fazendo com que ele se torne gasoso e se separe da cafeína), e os grãos são lavados para remover qualquer resíduo do dióxido de carbono.
Porém, apesar de ser o mais eficiente – e moderno – é o método mais caro em relação à descafeinização com água.
Relativamente novo e promissor, esse método utiliza solventes derivados de fontes naturais, como por exemplo o extrato de café verde, ao invés dos químicos que são agressivos para a saúde.
Aqui, mistura-se o solvente escolhido com água, mergulha-se os grãos do café e no recipiente utilizado para a extração, faz-se o AE circular em volta dos grãos embebidos em água para extrair a cafeína.
Por ser um método que ainda está em desenvolvimento, há uma disponibilidade limitada de produtos descafeinados dessa forma.
Como você viu, cada método de descafeinização tem suas vantagens e desvantagens. A escolha do método ideal dependerá de diversos fatores, como o custo, o sabor desejado e a quantidade de cafeína que precisa ser removida.
Diferente do que se possa imaginar, o descafeinado não é um café 100% livre de cafeína, porque não há como eliminar completamente a substância do grão. É por isso que, para ser considerado descafeinado, o teor de cafeína deve ser maior que 0,1% e menor que 0,5%.
Ou seja, enquanto uma xícara de café regular tem cerca de 80 a 185 mg, a de café descafeinado tem cerca de 2 a 3 mg de cafeína, o que já é suficiente para que a bebida sem cafeína diminua sintomas como ansiedade, insônia e irregularidades cardíacas.
E claro, ele preserva todas as qualidades que há no café tradicional, como as propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, vitaminas B2 e B3, magnésio e potássio.
É o café perfeito para quem deseja diminuir os efeitos colaterais da bebida!
Opções de café descafeinado disponíveis na Cafezale
É claro que depois de toda essa história deu vontade de tomar um cafezinho, né não!?
Então, para que você não passe vontade, a nossa loja virtual conta com as melhores opções de café descafeinado no mercado! Basta acessar nosso site e escolher a que mais chamar sua atenção.
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Fontes: Moka Clube, Villa Café, Unique Café, BBC, Ecycle
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