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8 de janeiro de 2024
Assim como qualquer outra bebida ou alimento, o consumo de café passou por diversas transformações e desenvolvimentos até se tornar o fenômeno que é nos dias atuais, onde quase ninguém consegue ficar sem tomar um bom cafezinho.
Nesse percurso, o café passou por diversas mudanças (ou ondas) que perduram até hoje. São momentos distintos em que as pessoas foram mudando a forma de consumir a bebida, atrelados ao progresso econômico e científico que ainda estão em evidência no mercado cafeeiro.
Mas quais foram essas ondas de café? Quando elas começaram? É sobre isso que vamos falar nesse artigo. Mas primeiro, é importante saber o significado desse termo.
Ao abordar as Ondas do Café, nos referimos a períodos cruciais em que a indústria cafeeira passou por transformações significativas, redefinindo a maneira como a bebida é percebida e influenciando tanto os consumidores quanto os produtores.
O conceito ganhou destaque em 2002, quando a escritora norte-americana Trish Rothgeb explorou a “Third Wave Coffee” em um artigo. A Terceira Onda de Café marcou uma mudança na forma como o café era entendido e apreciado.
Desde então, o termo tornou-se amplamente reconhecido entre profissionais do setor e entusiastas, buscando explicar a transformação no consumo dessa bebida ao longo dos anos.
A Primeira Onda do Café, que teve início entre o final do século 19 e o início do século 20, mais precisamente na década de 1890 e 1920, marcou o início da transformação do café em uma commodity, impulsionando o aumento do consumo global.
Nesse período, houve a industrialização da torra e da produção de café, além de progressos significativos na inovação do seu processamento. Houve também mudanças profundas na sua comercialização, como a embalagem a vácuo e o café instantâneo.
Durante essa fase inicial, o café era consumido principalmente como fonte de energia, com pouco foco na qualidade da bebida. Isso resultava em torrefações extremamente escuras, originando cafés de sabor intensamente amargo.
Surgindo entre as décadas de 1960 até meados dos anos 1990, a Segunda Onda do Café marca o surgimento do café especial e das redes de cafeteria, como foi o caso da Starbucks, que teve a sua origem em 1980.
A partir desse momento, tomar café tornou-se uma experiência, e não mais somente uma forma de manter energia. As pessoas passaram a observar se a bebida tinha aroma, acidez e corpo condizentes com o gosto do cliente.
Houve uma expansão do uso de máquinas de expresso e a produção de bebidas diferentes com base no café, como: frappuccinos, cappuccinos, latte machiatto e o espresso. Além disso, houve uma melhoria enorme em sua qualidade e um aumento considerável na utilização do café de origem arábica.
Durante esse período, os consumidores do café ficaram mais interessados em descobrir a origem do café que ele estava tomando, dando assim uma importância maior a produtores de outros países e regiões.
Outro ponto que foi fundamental nessa Segunda Onda está no fato do café deixar de virar uma opção principal e ter os seus próprios acompanhamentos, como biscoitos, chocolates, bolos, entre outras alternativas de delicatessen.
A Terceira Onda do Café, que se iniciou no começo dos anos 2000, é praticamente uma continuação da Segunda Onda, mas conta com alguns diferenciais importantes.
Houve uma maior preocupação em divulgar informações específicas sobre a origem do café, como o nome da propriedade, lotes, quem produziu, e se todo o processo foi realizado considerando a sustentabilidade e o meio ambiente.
Outra característica marcante da Terceira Onda do Café está na importância de cada pessoa na cadeia produtiva do café.
Na onda de consumo, todos saem beneficiados, desde os produtores, importadores e torradores, que ganham reconhecimento pelo seu trabalho, até o consumidor final, que pode apreciar diferentes formas e sabores de café.
E nessa Terceira Onda, o papel do barista ganha mais destaque, pois ele é responsável por preparar uma bebida de qualidade, visando agradar o consumidor através de métodos de preparos manuais e no enfoque e valorização na qualidade e na escolha de grãos.
O potencial para futuras ondas do café é vasto, e a história em constante evolução dessa amada bebida promete surpreender os apreciadores e os profissionais da indústria nos anos que estão por vir. A jornada do café continua, e as próximas ondas podem revelar novos patamares de qualidade, sustentabilidade e apreciação.
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Fontes: Era of We, Veroo, Grão Gourmet, Perfect Daily Grind, Coffee and Joy
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